Quais as estratégias mais comuns entre gestores de fundos para atingir os objetivos de investimento?

17 de fev. de 2025

Leonardo Tavares Santos, José Cravo, CFP®, responde:

Amigo investidor, quando se aplica em fundos é preciso não se basear apenas no histórico de rentabilidade ou volatilidade, mas principalmente na capacidade dos gestores de ler cenários e, mais do que isso, na sua integridade em cumprir a política de investimento.

Muitos são os investidores que não conhecem o índice ou benchmark estabelecido como referência para o fundo. Muitos distribuidores continuam por insistir na apresentação da visão do retrovisor, esquecendo que ela de forma alguma garante resultado futuro, principalmente nesse momento em que o mundo se encontra com um imenso sinal de interrogação. Sim, o cenário é de grandes incertezas, assolado por conflitos territoriais em todo o mundo, mudanças climáticas e instabilidades econômicas. Assim, compreender as estratégias utilizadas por gestores de fundos para atingir objetivos específicos de investimento é crucial antes de investir.

Estratégias de Gestão de Fundos: O que você precisa saber?

Entender as estratégias de gestão de fundos, mais que uma vantagem na construção final de seus objetivos, permitirá compreender se o fundo possui correlação com seu perfil e momento de vida. Apresentam-se em sequência algumas abordagens comumente adotadas:

  1. Diversificação de Portfólio: Essa é uma estratégia fundamental que envolve a alocação de investimentos em diferentes ativos para minimizar riscos. Busca-se um equilíbrio entre as classes para proteger-se ou aproveitar-se da volatilidade do mercado.

  2. Análise de Cenários Macroeconômicos: Parte da análise detalhada dos cenários econômicos globais e locais para antecipar tendências e ajustar suas estratégias de investimentos. Assim, monitoram-se os indicadores econômicos e eventos geopolíticos que possam impactar os ativos alvos do fundo, podendo-se atuar de forma comprada ou vendida.

  3. Foco em Sustentabilidade e Investimento ASG: Com a crescente conscientização sobre questões ambientais, sociais e de governança (ASG), muitos gestores estão incorporando critérios de sustentabilidade em suas decisões de investimento. Essa abordagem não apenas atende às demandas éticas, mas pode oferecer retornos financeiros sólidos a longo prazo, principalmente porque mitiga riscos processuais e de impacto, por exemplo, ao ambiente.

  4. Gestão Ativa vs. Gestão Passiva: A gestão ativa busca superar o mercado por meio de decisões de investimento dinâmicas, enquanto a gestão passiva visa replicar o desempenho de um dos índices de mercado. Cada abordagem tem suas vantagens e desvantagens. A decisão deverá ser coerente com o perfil do investidor.

  5. Fundos Quantitativos: Utiliza análise de dados avançadas, auxiliando na identificação de padrões de mercado e na tomada de decisões velozes. Isso é especialmente relevante em um mundo onde as mudanças ocorrem em um ritmo acelerado.

Com a compreensão das estratégias dos fundos, as escolhas e as decisões dos investidores sobre onde alocar seus recursos se tornam mais alinhadas aos seus próprios objetivos financeiros. Em tempos de incerteza, o conhecimento se torna a melhor ferramenta e o ativo mais valioso. Tendo em vista a complexidade do assunto, não deixe de considerar solicitar o apoio de profissionais certificados e com experiência para isso. Uma conversa direta, franca e transparente pode evitar muitos problemas ou sustos no futuro.

Leonardo Tavares Santos é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar - Associação Brasileira de Planejamento Financeiro. E-mail: leonardo.tavares-santos@itau-unibanco.com.br  

consultoriofinanceiro@planejar.org.br