Consultório Financeiro

Certificação no mercado financeiro vale a pena?

Janaína Mocelin, CFP®, responde:

As razões e os benefícios de buscar uma certificação no mercado financeiro


No mundo dinâmico e volátil do mercado financeiro atual, onde os clientes têm acesso instantâneo e fácil a uma vasta gama de informações, os profissionais precisam conquistar uma posição de autoridade e credibilidade, demonstrando um conhecimento mais amplo e aprofundado para se destacar nesse ambiente competitivo. Com isso, as certificações para o setor tornam-se cada vez mais importantes, desempenhando um papel crucial, fornecendo não apenas um padrão de conhecimento e habilidades, mas também uma garantia de competência e profissionalismo.

Buscar uma certificação é um investimento valioso que pode trazer uma série de benefícios tangíveis e intangíveis. Além de aprimorar as habilidades e conhecimentos dos profissionais, as certificações proporcionam oportunidades de carreira e um maior reconhecimento no mercado financeiro. É importante ressaltar que a maioria das certificações requer a participação em um Programa de Educação Continuada, que exige que o profissional continue estudando, se capacitando e se atualizando para manter o certificado.

Além das razões e dos benefícios de buscar uma certificação, é importante entender os diferentes tipos e opções disponíveis. Existem aquelas consideradas obrigatórias para o exercício de determinadas funções e outras que são mais voltadas para o aprimoramento profissional. Exemplos de certificações obrigatórias:

  • ANCORD (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias): são para profissionais que desejam atuar como agentes autônomos de investimento, ou seja, aqueles que realizam a intermediação de operações nos mercados financeiro e de capitais. É regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e aborda temas como ética, mercado de capitais, produtos de investimento e legislação.
  • CNPI (Certificado Nacional do Profissional de Investimento): oferecida pela APIMEC (Associação de Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), tem por objetivo qualificar quem atua no mercado de capitais, sendo obrigatória para todos os analistas de valores mobiliários (ações, debêntures e derivativos, por exemplo).

Existem outras que não são obrigatórias, mas, mesmo assim, muito importantes e reconhecidas. Alguns exemplos:

  • CEA (Certificação Especialista em Investimentos ANBIMA): sugerida para profissionais que atuam como Especialista em Investimentos. Apesar de não ser obrigatória, ela já é pré-requisito para algumas vagas em instituições financeiras, como Consultor ou Assessor de Investimentos.
  • CFP® (Certified Financial Planner): internacionalmente reconhecida, no Brasil é representada pela Planejar. Possui abordagem abrangente, e o programa foca nas áreas de Planejamento Financeiro e Ética; Gestão de Investimentos; Planejamento de Aposentadoria; Planejamento Fiscal; Gestão de Riscos e Seguros; e Planejamento Sucessório.

Ao considerar uma certificação no mercado financeiro, é importante avaliar quais são as mais adequadas para os objetivos de carreira e as exigências do mercado. Independentemente do tipo de certificação escolhida, o compromisso com o desenvolvimento profissional é fundamental para o sucesso no dinâmico e competitivo mercado financeiro.

Janaína Mocelin é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejamento Financeiro. E-mail: [email protected]

As respostas refletem as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico ou da Planejar. O jornal e a Planejar não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para: [email protected] 

Texto publicado no jornal Valor Econômico em 16 de Setembro de 2024

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