Quais são as estratégias de gestão de fundos?

Leonardo Tavares, CFP®, responde:

Amigo investidor, quando se aplica em fundos é preciso não se basear apenas no histórico de rentabilidade ou volatilidade, mas principalmente na capacidade dos gestores em ler cenários e, mais do que isso, na sua integridade em cumprir a política de investimento.

Muitos são os investidores que não conhecem o índice ou benchmark estabelecido como referência para o fundo. Muitos distribuidores, continuam por insistir na apresentação da visão do retrovisor, esquecendo que ela de forma alguma garante resultado futuro, principalmente nesse momento em que o mundo se encontra com um imenso sinal de interrogação. Sim, o cenário é de grandes incertezas, assolados por conflitos territoriais em todo o mundo, mudanças climáticas e instabilidades econômicas. Assim, compreender as estratégias utilizadas por gestores de fundos para atingir objetivos específicos de investimento é crucial antes de investir.

Estratégias de Gestão de Fundos: O que você precisa saber?

Entender as estratégias de gestão de fundos mais que uma vantagem na construção final de seus objetivos permitirá compreender se o fundo possui correlação com seu perfil e momento de vida, apresenta-se em sequência  algumas abordagens comumente adotadas:

  1. Diversificação de Portfólio: essa é uma estratégia fundamental que envolve a alocação de investimentos em diferentes ativos para minimizar riscos. Busca-se um equilíbrio entre as classes para proteger contra ou aproveitar-se da volatilidade do mercado.
  2. Análise de Cenários Macroeconômicos: parte da análise detalhada dos cenários econômicos globais e locais para antecipar tendências e ajustar suas estratégias de investimentos. Assim, monitora-se os indicadores econômicos e eventos geopolíticos que possam impactar nos ativos alvos do fundo, podendo atuar de forma comprada ou vendida.
  3. Foco em Sustentabilidade e Investimento ASG: com a crescente conscientização sobre questões ambientais, sociais e de governança (ASG), muitos gestores estão incorporando critérios de sustentabilidade em suas decisões de investimento. Essa abordagem não apenas atende as demandas éticas, mas poderão oferecer retornos financeiros sólidos a longo prazo, principalmente porque mitigam riscos processuais e de impacto, por exemplo, ao ambiente.
  4. Gestão Ativa vs. Gestão Passiva: a gestão ativa busca superar o mercado por meio de decisões de investimento dinâmicas, a gestão passiva visa replicar o desempenho de um dos índices de mercado. Cada abordagem tem suas vantagens e desvantagens, a decisão deverá ser coerente com o perfil do investidor.
  5. Fundos Quantitativos utiliza análise de dados avançadas auxiliando na identificação de padrões de mercado e tomada de decisões velozes. Isso é especialmente relevante em um mundo onde as mudanças ocorrem em um ritmo acelerado.

Com a compreensão das estratégias dos fundos as escolhas e  as decisões dos investidores onde alocar seus recursos se tornam mais alinhadas aos seus próprios objetivos financeiros. Em tempos de incerteza, o conhecimento se torna a melhor ferramenta e o ativo mais valioso e tendo em vista a complexidade não deixe de considerar solicitar apoio a profissionais certificados e com experiência para isso. Uma conversa direta, franca e transparente pode evitar muitos problemas ou sustos no futuro.

Leonardo Tavares Santos é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejamento Financeiro. E-mail: [email protected] 

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