Seu Planejamento Financeiro

Qual a melhor opção entre CDB, fundos DI e Tesouro Direto?

Rafael Carlos, CFP®, responde:

Prezado leitor, obrigado pela pergunta, por seu interesse em poupar e escolher um investimento apropriado. A escolha do título que você vai fazer as suas aplicações precisa levar em conta diversos fatores além da rentabilidade. É importante estar atento ao objetivo que se tem para aquele recurso, o horizonte de tempo para o investimento e seu perfil de investidor.

Vale lembrar que dentro dos seus investimentos cabe separar um valor de “Reserva de Emergência”, que deverá ser investido em aplicações de baixo risco e de liquidez imediata, ou seja, resgate rápido, com isso evitando em situações inesperadas precisar resgatar investimentos de longo prazo em condições desfavoráveis. Como exemplo de produtos de investimento temos: Tesouro Selic, Fundos DI e CDB DI com liquidez diária.

Como você citou algumas opções, achei importante explicar um pouco sobre cada um dos itens apresentados diferença.

O CDB é o Certificado de Depósito Bancário, título emitido por uma instituição financeira, que negocia com você as condições do título como o prazo, forma de remuneração e data de vencimento. Nesse caso obrigatoriamente haverá uma data que o título será resgatado pelo banco e pagará seu valor principal com o rendimento combinado.

O CDI, Certificado de Depósito Interfinanceiro, é um título negociado entre as instituições financeiras. Portanto, são títulos que não podem ser comprados por investidores comuns.

Diariamente é calculada a taxa média das emissões dos CDI emitidos por 1 dia, que é denominada de Taxa diária DI, e é utilizada como base de remuneração de uma série de títulos, inclusive os CDBs – Certificado de Depósito Bancário. Vou exemplificar: um CDB, emitido pelo Banco X, oferece rentabilidade de 97% do DI e tem vencimento de 1080 dias. No nosso exemplo, conforme a taxa DI diária vai sendo apurada e, o CDB vai sendo remunerado a 97% dessa taxa.

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a BMF&F Bovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet. Os Títulos do Tesouro são títulos da dívida pública federal, emitidos pelo Governo Federal para captar recursos, pagando um rendimento para quem compra o título deixando seu dinheiro com o Estado.

Atualmente, o Tesouro Direto disponibiliza três tipos de títulos: os prefixados, os pós-fixados atrelados à taxa diária Selic e os pós-fixados que rendem IPCA (inflação oficial) mais um percentual de juros anual.

Além das opções de investir diretamente em títulos, existem os Fundos de Investimento, pelos quais investidores aplicam seu dinheiro e um gestor profissional, cobrando uma taxa de administração sobre o valor aplicado, vai fazer a alocação dos recursos de acordo com a política do fundo, podendo ser Renda Fixa, Multimercado, Cambial, Ações, entre outros.

É de grande importância conhecer e respeitar o seu perfil de investidor, que vai direcionar as possibilidades de investimento mais adequadas, sem assumir riscos além do seu perfil. Dessa forma, ao passo que você aumenta a quantidade de dinheiro investido e alonga o prazo dos objetivos, será possível incluir investimentos em renda variável, como ações e moeda estrangeira, e outros tipos de investimentos considerados com maior risco de mercado, pois tem variações acentuadas, mas que dentro de uma combinação de várias aplicações, respeitando seu perfil, conseguem proporcionar uma possibilidade de rentabilidade maior que a concentração em opções mais conservadoras.

Se preferir um acompanhamento mais detalhado, procure um Planejador Financeiro Certificado, que irá estudar as particularidades do seu patrimônio e orientar suas decisões.

Desejo sucesso no seu planejamento financeiro.

Rafael Carlos Vieira da Silva é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Email: [email protected]

As respostas refletem as opiniões do autor, e não do site ÉpocaNegócios.com ou da Planejar. O site e a Planejar não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Texto publicado no site Época Negócios em 26 de dezembro de 2017

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